Limoges, porcelana (dicionário)

Limoges, porcelana (dicionário)

Fotos meramente ilustrativas no nosso DICIONÁRIO DE ANTIGUIDADES. Não fazem parte do nosso acervo!

Porcelana fina, de excelente qualidade, produzida na região de Limoges, na França. Não se refere a uma fábrica específica, e sim em várias fabricantes da região. Foi muito presente nas elegantes mesas brasileiras do século XIX até a Primeira Guerra Mundial (1914). A fama da porcelana de Limoges como uma das melhores do Ocidente, vem do fato da descoberta de jazidas preciosas de caulim (matéria-prima para o fabrico da porcelana) em 1771, em Saint-Yrieix-la-Perche, a pouco mais de meia hora da cidade de Limoges.  A decoração dessas porcelanas normalmente é decalcada e, algumas, são retocadas á mão: recebem o retoque de pincel e passam a impressão de terem sido totalmente pintadas à mão. A primeira fábrica de Limoges data de 1795.

As manufaturas francesas de Limoges, embora em número muito reduzido, continuam fabricando porcelanas com sua brancura característica, mas com forma bem mais moderna.

No Brasil, aparecem peças de toucador, vasos, serviços de jantar, chá e café, ânforas, relógios, fruteiras, lavatórios, jarros e bacias, etc.  No início do século passado aparecem ricos serviços para caça e peixe, normalmente com bordas recortadas e que receberam generosa decoração em ouro, às vezes em relevo mesmo. Muitos titulares do nosso Império tiveram seus serviços de Limoges, sempre monogramados e também brasonados, encimados por suas coroas de titulares.

Aparece também louças de Limoges pintadas a mão com decoração especialmente planejada, como serviços de peixe, com pinturas todas diferentes, tendo em cada prato um peixe pintado de qualidade diversa. Estas peças são quase sempre assinadas.

Vieux Paris, porcelana  (Velha Paris) – dicionário

Vieux Paris, porcelana (Velha Paris) – dicionário

Fotos meramente ilustrativas no nosso DICIONÁRIO DE ANTIGUIDADES. Não fazem parte do nosso acervo!

Pertencentes à Época Romântica (1820 a 1860), as porcelanas Vieux Paris (Velha Paris) têm origem não só francesa, mas também austríacas e inglesas. Sob esta denominação aparecem vasos, sopeiras, fruteiras, serviços de chá, café e jantar, ânforas, relógios, etc. A decoração é com cenas românticas e buquês de flores, pintados a mão. Peças inteiras ou, às vezes, compostas de pé e corpo, que são soldados com a própria porcelana. As cores da decoração são alegres (rosa vivo, amarelo, bordô, verde, azul celeste e ouro) onde dentro de reservas debruadas de frisos pretos, aparecem figuras mitológicas ou figuras antigas e, às vezes, pássaros e flores.

Satzuma, porcelana (dicionário)

Satzuma, porcelana (dicionário)

Fotos meramente ilustrativas no nosso DICIONÁRIO DE ANTIGUIDADES. Não fazem parte do nosso acervo!

Tipo de porcelana oriental que apareceu no Brasil no final do século XIX, caracterizado por relevos e esmalte, representando a cena de um julgamento, onde a figura central é o príncipe de Satzuma: nobre japonês cuja vida amorosa e turbulenta o levou a vários tribunais. O julgamento que aparece nas peças é pintado em planos e recebe molduras de fios de fina porcelana para dar-lhe a impressão de relevo. Em algumas peças, entretanto, o relevo das figuras é real. A douração desses objetos é pródiga. Além de grandes vasos e jarrões, foram fabricados neste estilo: aparelhos de chá e café, leiteiras, açucareiros, pratos de doce e bolo etc.

As peças Satzuma têm sempre um selo: é um círculo dividido em quatro, em forma de cruz, que é o selo do “Príncipe de Satzuma”. O dragão (símbolo da força) também é muito empregado nessas louças que apresentam detalhes muito ricos e decoração farta.

Casca de ovo ou Vieux Japon (dicionário)

Casca de ovo ou Vieux Japon (dicionário)

Fotos meramente ilustrativas no nosso DICIONÁRIO DE ANTIGUIDADES. Não fazem parte do nosso acervo!

No final do século XIX até aproximadamente 1920, foram importados do  Japão para o Brasil uma série de porcelanas muito finas, translúcidas, para uso de mesa: aparelhos de jantar, de chá e de café de forma puramente OCIDENTAL (francesa, inglesa), mas com decoração ORIENTAL: cenas da vida japonesa como gueixas, mulheres com sombrinhas, caramanchões com trepadeiras floridas, pagodes, salgueiros etc.

Extremamente finas, estas porcelanas recebem o nome técnico de Vieux Japon, mas se tornaram conhecidas verdadeiramente pelo apelido carinhoso que receberam:”casca de ovo”, pela sua translucidez e brancura. Na maioria das vezes a decoração é pintada (ou retocada) à mão.  Rara era a família brasileira que não possuía, pelo menos xícaras de chá desta porcelana, que caíram no gosto popular. Seu representante no Brasil foi Hachia & Cia: empresa de importação famosa pelo que trazia do Oriente. Em algumas peças pode-se ver a logomarca da empresa: uma letra “H” (maiúscula) dentro de um losango.

Alguns fundos de xícaras e pequenos e delicados copos de saquê receberam decoração especial, tipo marca d’água: ver litofania.

BOÊMIA, vidros da (dicionário)

BOÊMIA, vidros da (dicionário)

Fotos meramente ilustrativas no nosso DICIONÁRIO DE ANTIGUIDADES. Não fazem parte do nosso acervo!

Vidros não somente alemães, mas também franceses, italianos e americanos fabriados a partir de 1880 até 1900. Vidro de coloração alegre e que recebiam inscrições ingênuas: “Recordação, Bons Annos, Amizade, Felicidades etc”. A decoração era feita com base no estilo floral: margaridas, cravos e flores campestres. No Brasil aparecem copos, pequenas garrafas, moringas, etc; A douração utilizada neste tipo de vidro, embora à vezes um pouco demasiada, é feita sem a utilização de fornos; daí sua duração às vezes efêmera. Nos vidros de origem americana aparecem pequenos relevos em tinta esmalte, colocado depois da peça resfriada.

ESBERARD, vidros (dicionário)

ESBERARD, vidros (dicionário)

Fotos meramente ilustrativas no nosso DICIONÁRIO DE ANTIGUIDADES. Não fazem parte do nosso acervo!

A fábrica de vidros ESBERARD foi fundada no Brasil em 1878, pelo FRANCÊS Francisco Maria ESBERARD, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. A empresa copiou, através de moldes trazidos da Europa, tulipas, pratos, galinhas de vidro – utilizadas como mantegueiras, copos, garrafas, frascos, lustres, compoteiras etc. Estes objetos eram feitos em vidro branco, azul, verde, vermelho e em materiais “dourados” (carnival glass / amberina / vidro fogo). A empresa encerrou as atividades nos anos 20, em virtude de um incêndio na fábrica, provocado pelos fornos. Algumas peças têm a marca em alto-relevo: ESBERARD. A fábrica de vidros Esberard esteve ativa até cerca de 1940.

Picassa, bainha (dicionário)

Picassa, bainha (dicionário)

Fotos meramente ilustrativas no nosso DICIONÁRIO DE ANTIGUIDADES. Não fazem parte do nosso acervo!

Bainha PICASSA é o tipo de bainha para facas (ou faca + chaira) confeccionada em COURO e pode ter detalhes em metal (alpaca, prata ou ouro).

Dunquerque (dicionário)

Dunquerque (dicionário)

Fotos meramente ilustrativas no nosso DICIONÁRIO DE ANTIGUIDADES. Não fazem parte do nosso acervo!

Tipo elegante de balcão antigo (aparador) de uma ou duas portas decoradas com marqueteria, bronzeria ou espelhos. A madeira utilizada é sempre nobre: jacarandá, cedro, louro, carvalho, etc. Os dunquerques são, quase sempre, encimados por tampo de mármore e apresentam dimensões pequenas ou médias.

Paspatur ou Passe-partout (dicionário)

Paspatur ou Passe-partout (dicionário)

Fotos meramente ilustrativas no nosso DICIONÁRIO DE ANTIGUIDADES. Não fazem parte do nosso acervo!

Tipo de acabamento que fica entre a moldura e a tela de um quadro ou fotografia. Visualmente, tem o objetivo de valorizar uma obra de arte (tela), realizando uma transição harmônica entre a tela e a moldura. Tecnicamente, tem a função de não permitir o contato físico do vidro com a imagem impressa. Esse afastamento de cerca de 1,5 mm permite uma camada de ar protetora fundamental para a conservação da peça a longo prazo. Ou seja, Uma maior garantia de durabilidade de seu impresso, além da elegância na montagem de seu quadro. O material utilizado é quase sempre o papel-cartão (branco e, modernamente, colorido). Mas a madeira também pode servir para este fim.

 

Uralina ou vidro de Urânio (dicionário)

Uralina ou vidro de Urânio (dicionário)

Fotos meramente ilustrativas no nosso DICIONÁRIO DE ANTIGUIDADES. Não fazem parte do nosso acervo!

A uralina ou vidro de urânio é um tipo de vidro que contém uma certa quantidade de Urânio em sua composição, apresentando assim um brilho esverdeado muito característico. O fabrico de vidro de uralina caiu em desuso quando a disponibilidade de urânio para a maioria das indústrias foi severamente usada durante a Guerra Fria, e o controle sobre seu uso se tornou muito rigoroso. Peças de uralina possuem uma quantidade insignificante e portanto não radioativa do elemento químico em sua composição. As peças de uralina verdadeira ficam com intenso brilho verde quando estão sob efeito de luz negra.

NÃO PRECISA TER MEDO, NÃO! O vidro de urânio é ligeiramente radioativo, o suficiente para se detectar em contadores Geiger. Mas os níveis são quase iguais aos de aparelhos elétricos, como os fornos de microondas, que não representam nenhuma ameaça para a saúde.