Prata portuguesa (dicionário)

Prata portuguesa (dicionário)

Fotos meramente ilustrativas no nosso DICIONÁRIO DE ANTIGUIDADES.  Não fazem parte do nosso acervo!

Foi na época das grandes descobertas, no século XV, que Portugal começou a desenvolver o gosto pelos artigos de prata. Entre as primeiras peças executadas, destacavam-se travessas e jarros. Os motivos decorativos e adornos das peças receberam a influência das fantásticas viagens empreendidas por seus famosos navegadores. Era comum aparecerem nos trabalhos cenas de batalha, combates com índios selvagens e até animais fantásticos em meio a uma flora. O apogeu na arte da prata em Portugal aconteceu na fase final da arte manuelina, em época de grande riqueza. Se no século XVII houve um empobrecimento que se refletiu na prataria, no século XVIII a produção desses artigos recebeu forte influência francesa, os trabalhos ganhando refinamento artístico, mas perdendo, por outro lado, a originalidade da criação portuguesa. No final deste e no começo do século XIX, foi o estilo inglês, principalmente o Adam, que influenciou a produção da prata em Portugal.

As peças de pratas produzidas em Portugal até 1886, recebiam contrastes apostos por conceituados membros da Corporação dos Ourives, que verificavam o teor de prata na liga e classificavam a prata como 11, 10 e 9 dinheiros (toque mínimo), que correspondiam a 11/12, 10/12 e 9/12 de metal fino da liga ou ainda o equivalente a 22, 20 e 18 quilates. Na data referida acima, foram fundadas as contrastarias ligadas à Casa da Moeda. Os números antigos usados pela Corporação dos Ourives foram substituídos, mantendo a equivalência, por 0.916, 0.833 e 0.750, especificações que se mantêm válidas até hoje. Para serem usadas, as marcas dos contrastes eram obrigadas a ter registro nas câmaras municipais das cidades de origem e ainda constar numa corporação chamada de Confraria de Santo Elói. As marcas indicam, além do contraste, a localidade onde a peça foi fabricada e o autor do trabalho.

Os contrastes antigos tinham, normalmente, uma inicial geralmente coroada, que identificava a origem da peça de prata. Assim, Lisboa era representada por um “L”, o Porto por um “P”, Guimarães tinha um “G”, o “C” é de Coimbra, o “B” de Braga, “S” para Setúbal e Santarém e um “E” para Évora. O teor de prata são representados por algarismos romanos (XI, X e IX dinheiros) ou ainda algarismos arábicos. O fabricante normalmente usava suas iniciais para identificar a peça.

Vitrine ou vitrina (dicionário)

Vitrine ou vitrina (dicionário)

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Móvel ou armário com porta(s) envidraçada(s), onde se expõem e guardam objetos de arte, louças, cristais e coleções. As laterais, normalmente também são envidraçadas.

Vidro Ingrid (malaquita ou malachite) – dicionário

Vidro Ingrid (malaquita ou malachite) – dicionário

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Malaquita é um mineral do grupo dos carbonatos (carbonato de cobre). Tem dureza de nível médio e sua cor é verde brilhante. É considerado um mineral raro que é utilizado na produção de diversos artigos de joalheria e de decoração, como vasos, conjuntos de tocador, etc. É extraída na África, principalmente no Zaire e na Zâmbia e também na Rússia, EUA e Austrália. O vidro de malaquita é um vidro criado para se assemelhar à cor e os tons da pedra de malaquita.

Ingrid é o nome de uma série de itens de vidro prensado artísticos feitas por Henry Schlevogt e nomeados assim em homenagem à sua filha INGRID. As peças são esculturais e elegantes. Às vezes são confundidos como Lalique ou Moser.

Sinete (dicionário)

Sinete (dicionário)

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Pequeno objeto de metal como ouro ou prata (tipo coluna ou anel) usado como “assinatura do proprietário e/ou responsável” para selar, lacras e autenticar documentos e cartas. Após a assinatura, a impressão é feita com um pouco de cera que é derramada sobre o papel no qual é pressionado o com o sinete, deixando um desenho pessoal, como um brasão ou um símbolo. Nos séculos XVI e XVII os sinetes foram amplamente utilizados.

Torso (dicionário)

Torso (dicionário)

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Escultura que representa o corpo humano sem cabeça e sem os membros. Conjunto constituído pelas espáduas, pelo tórax e pela parte superior do abdome.

Velocípede (dicionário)

Velocípede (dicionário)

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Antiga bicicleta de duas rodas do século XIX, sendo a traseira muito inferior à dianteira. Estão interligadas por um tubo metálico arqueado sobre o qual assenta o selim de couro. O guiador, bastante largo e contra-curvado, liga-se aos pedais por meio de dois tubos verticais paralelos. O termo foi cunhado pelo francês Joseph Niépce em 1818 para descrever sua versão do Laufmaschine, que foi inventado pelo alemão Karl Drais, em 1817. Atualmente, o termo “velocípede” se utiliza para descrever os principais tipos de veículo de tração humana como monociclo, bicicleta, triciclo e quadriciclo.

Estilo Provençal (dicionário)

Estilo Provençal (dicionário)

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Estilo de decoração de influência francesa, proveniente da região de Provença – sul da França. Essa região ensolarada composta por pequenos vilarejos se localiza entre as montanhas e o mar e é conhecida por seus campos de lavanda e girassóis mas sobretudo por preservar ainda hoje as características da vida campestre de um passado longínquo. Os móveis no estilo provençal apesar de terem como inspiração os refinados móveis estilo Luís XV e Luís XVI recebiam entalhes mais simplificados e eram feitos de madeiras da região, recebendo uma pátina em cores claras, a fim de camuflar pequenas falhas. Estas peças com pintura em tonalidades claras esmaecidas e levemente desgastadas foram assimiladas por grande parte das pessoas, que logo passaram a reciclar peças antigas, adequando-as ao estilo. O estilo de decoração provençal portanto, usa tons pálidos, muita madeira, pátina e estampas delicadas. A decoração remete a uma atmosfera bucólica, com ares campestres, leves, e cores muito suaves com predominância do branco.

Rádica (dicionário)

Rádica (dicionário)

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Técnica de marcenaria que se utiliza  da raiz de árvore nobre (nogueira, imbuia, pinho-de-riga etc.) em trabalhos manuais. Deformações em formas de esféricas aparecem das bases dessas árvores: os nós e veios ficam ressaltados. O material é utilizado especialmente para dar acabamento diferenciado em móveis.

Penico ou urinol (dicionário)

Penico ou urinol (dicionário)

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Recipiente em formato arredondado e achatado que era mantido nos quartos sob a cama (ou dentro de criados ou mesas de cabeceira que serviam como “vaso sanitário” exclusivamente para urinar. Os penicos podem ser confeccionados em ferro, louça ágata, porcelana, louça e, mais modernamente, em plástico. Quase todos possuem uma alça (ou pegador). Penicos antigos eram fabricados também com tampa e podiam ser amplamente decorados. Há pessoas que confundem os urinóis com sopeiras ou grandes xícaras.

Estilo Veneziano (dicionário)

Estilo Veneziano (dicionário)

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Veneza, por sua privilegiada localização entre o Ocidente e o Oriente, foi herdeira da cultura Bizantina e ocultou, o quanto possível, o segredo da fabricação do vidro. Na idade média (a partir de 1292) os vidreiros eram proibidos de sair da ilha de Murano: local onde floresciam as noivas ideias que deram origem a uma indústria  que unia beleza, utilidade e arte e perfeições jamais antes imaginadas por outros centros europeus. Os artigos venezianos são delicadamente adornados e leves com presença intensa de decoração floral em esmalte branco (ou colorido) sobre taças, fruteiras, jarros e bacias de vidro que recebiam também decoração em ouro. O resultado é um pouco extravagante, mas de beleza ímpar. As fábricas venezianas atingiram seu auge no século XVI. Apesar dos esforços por manter o segredo do fabrico dos vidros, as técnicas venezianas saíram dos estreitos limites da Ilha de Murano e expandiram-se a outros países, especialmente à Bohemia, França e Alemanha. Os espelhos venezianos têm características bem peculiares e fáceis de se identificar: um espelho grande (central) bisotê que recebe decoração em toda a sua borda com fragmentos bisotados de espelhos menores que formam uma espécie de mosaico. Delicadas flores de vidro compõem e dão acabamento ao espelho veneziano. O valor artístico dos espelhos venezianos é tão grande que, atualmente, as peças originais são encontradas em castelos e museus – incluindo o Louvre, da Paris.